Saímos pela manhã bem cedo de Delhi com destino à Haridwar, uma pequena cidade no norte da Índia e também uma das sete cidades sagradas do país. Fomos de trem por aproximadamente 9 horas e nosso plano era passar três dias e seguir para Rishikesh, mais ao norte ainda. A viagem transcorreu tranquila pelos 235 km que separam as duas cidades.Resolvemos desta vez viajar na 1ª classe, escolha que nos custou somente US$ 10 extras.
A cabine do trem é confortável e segura, mas sem luxo algum. Comemos biscoitos e refrigerante, era o que havia
Haridwar é a primeira cidade plana a receber o rio Ganges em sua descida pelos Himalayas até a Índia. Na entrada da cidade nos deparamos com o grande Shiva, que majestoso, nos recebe com seu poder e bençãos.
Enorme estátua de Shiva na entrada de Haridwar
Enfim chegamos ao nosso destino e fomos para o hotel escolhido anteriormente. Ele ficava na beira do rio e as janelas do quarto praticamente no nível da água. O que era lindo de se ver transformou-se para mim à noite num tormento… estávamos no inverno de fevereiro e o frio me impedia de dormir, mesmo tendo colocado tudo o que tinha de roupas! Consegui me controlar e fiz uma meditação de aquecimento oriunda do budismo tibetano e de práticas de yoga. Após alguns minutos fazendo uma determinada respiração, consegui me aquecer e dormir por algumas horas.
Muitos hotéis da cidade ficam em frente ao rio
Deixamos nossas coisas no hotel e fomos conhecer a cidade de tuc-tuc. Haridwar é cortada ao meio pelo Ganges, o qual divide não só a cidade geograficamente, mas também um dos lados é área de moradia dos Dalits, a casta dos intocáveis, considerada a mais baixa do país. Vêem-se centenas deles acampados na outra margem do rio, cozinhando, cantando, dormindo e fazendo pequenos negócios para ajudar na sobrevivência.
Uma mãe Dalit com seu filho
O comércio local é intenso e muito variado, como costuma ser na maioria das cidades indianas.
O comércio de Haridwar é intenso e muito variado
Passamos o dia explorando a cidade, conhecendo locais de interesse, templos, ruas, o rio e suas atrações, etc.
Há muitas atrações de diversas naturezas para conhecer em Haridwar.
No fim do dia eu estava com forte resfriado e com febre, além disso o frio aumentou e chovia muito, o que piorou meu estado. Saímos para tentar encontrar um bom casaco e consegui comprar um num camelô; um casaco tão bom que cheguei a usá-lo posteriormente em Oslo num frio de – 11º. Este casaco chinês me salvou em Haridwar e logo depois em Rishikesh, onde estava mais frio ainda.
O casaco chinês do camelô que me salvou do gelado inverno indiano. Foto em Rishikesh
Durante o dia comemos bobagens pelas ruas e almoçamos num pequeno restaurante vegetariano. Havia a escultura de uma mão feminina badalando um sino (símbolo da vacuidade) que nos chamou a atenção. A comida muito boa e o ambiente bem agradável também.
À noite jantamos no restaurante de um hotel próximo e comemos pizza! Bom, seja lá o que o cozinheiro entende por pizza… neste jantar conhecemos uma senhora brasileira casada com um indiano. Batemos um papo com o casal e voltamos para o nosso hotel. Há bons restaurantes em Haridwar e pode-se comer algo com paladar ocidental em vários restaurantes e redes fast food.
No dia seguinte depois do café fomos em direção ao Mansa Devi Temple que fica no alto de um morro e chega-se de teleférrico.
Caminho aéreo até o Mansa Devi Temple
Passamos um bom tempo lá conhecendo, caminhando, fotografando e fazendo nossas orações e oferendas. Deve-se ter cuidado com os macacos, pois podem roubar qualquer objeto que estejamos carregando. Como sempre, turistas indianos quiseram tirar fotos conosco. É divertido ser atração num local diferente…
Mansa Devi Temple
Na Índia é comum a construção de templos no alto de morros e montanhas. Certa vez em Jaipur fui conhecer um templo dedicado a Ganesha; quase perco o fôlego subindo as escadarias intermináveis. A pior de todas, para mim, é a do Monkee Temple de Katmandu, mas este assunto será tratado nos posts sobre estas cidades. À tardinha do segundo dia fomos providenciar nossa ida para Rishikesh e depois de pesquisarmos algumas agências de turismo, conhecemos o MR. Ashok, um senhorzinho muito simpático que nos orientou em tudo. Fizemos a reserva do hotel e também contratamos um táxi com ele para nos levar.
Mr. Ashok resolvendo nosso deslocamento e nos servindo um chai
Haridwar é uma cidade com uma grande história e que vale a pena pesquisar se você tiver interesse. Possui vários Ashrams e escolas de meditação e yoga de várias linhas diferentes. Também há locais para retiros, tratamentos pela medicina Ayurveda e estudos de sânscrito e música indiana.
Faculdade Ayurveda, meditação em grande grupo e dois Ashrams
Para os aficcionados aos esportes há rafftings para a descida de algumas corredeiras locais do rio Ganges, tirolezas na cachoeira e vôos de parapente sobre a exuberante natureza local.
Práticas esportivas em Haridwar
O safári também é outra atração local na reserva selvagem próxima. Lá pode-se ver tigres, elefantes e outros animais de grande porte.
Safaris em Haridwar
Atualmente Haridwar faz parte do roteiro dos grupos que levo para a Índia, quando viajamos para o norte.
Obrigado por sua visita!
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APOIO
Olá. Muito bacana o blog! Estou com uma viagem para India marcada para este ano e estou ainda fechando meu roteiro e lendo aqui sobre Haridwar fiquei curiosa quando ao trem, para comprar a passagem foi preciso muito tempo de antecedência? Poderia me dizer, por favor? Obrigada!
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Olá, normalmente há uma cota de lugares para estrangeiros nos trens da Índia e, dependendo da época, pode ser difícil conseguir um assento. Isto se dá mais quando tem festivais enormes nas cidades que pretendemos visitar. Nós conseguimos as passagens em Delhi uns 3 dias antes de viajar, foi bem tranquilo! Em último caso pode-se ir de avião até a localidade de Dehradun, 30 km da cidade. De lá pega-se um táxi. Para Rishikesh pode-se fazer a mesma coisa.
Boa sorte, boa viagem e qq coisa é só escrever.
Namaste
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